Um certo dia no Orkut, comecei uma discussão sobre gírias e coisas do gênero.
A questão era sobre um tópico com o título "Gírias Curitibanas". Falaram tanta besteira nesse tópico que eu entrei pra ver se o pessoal se tocava. Pra se ter uma idéia, colocaram que "da massa" era uma gíria curitibana. É óbvio que questionei e levantei a questão da dificuldade de se encontrar a origem dessas expressões. Convenhamos, "da massa" tá mais pra Rio que qualquer outra parte.
A questão é que ALGUÉM tem que começar a falar alguma gíria ou expressão e as outras pessoas vão pegando e espalhando. E tem como descobrir quem começou? Acho que não. Eu sou muito invocado com essas coisas, até comprei aquele livro do Marcelo Duarte, o Guia dos Curiosos. Li algumas vezes mas ainda continuo achando difícil que algumas coisas que estão ali sejam realmente a verdade.
Mas, tem algumas coisas que eu não lembro de ter ouvido alguém falar antes de mim, mas um certo dia eu falei e agora é comum ouvir. Só a título de informação, tenho 42 anos.
Algumas das coisas que eu lembro de ter falado "do nada" são:
"transmimento de pensação" - para "transmissão de pensamento"
"pediu pra ser chato e entrou várias vezes na fila" - Chato pode ser trocado por vários outros adjetivos, como feio, por exemplo.
Sabe aquele ditado "A gente ganha pouco mas se diverte"? Eu costumo inverter: "A gente se diverte mas ganha pouco". É uma coisa meio pessimista, mas é só uma brincadeira. A primeira vez que eu me lembro de ter falado isso foi numa apresentação em sala na aula de ARH (administração de Recursos Humanos), onde a gente tinha que mostrar imagens e brincadeiras relacionadas ao ambiente de trabalho.
Tem uma nada cultural, mas pegou. Quando entram na minha sala perguntando onde está determinado funcionário e ele foi no WC, digo que "foi na casinha" ou "está na casinha". Se está demorando pra voltar, respondo que "foi passar um fax". Isso eu devo ter falado a primeira vez lá pelos anos 90.
Livre e espontânea pressão. Você já ouviu isso. Eu falei isso sem ter ouvido antes. Foi numa situação real mas eu não lembro mais qual foi.
Há mais ou menos uns 10 anos eu substituí os parênteses para informar o código de área por colchetes. Fica mais elegante e mas prático para digitar, pois não usa o Shift. De (41) passei a escrever [41]. Bem belhor.
Por hora é o que eu lembro, mas tem mais.
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